Você julga as pessoas menos de um segundo depois de conhecê-las. Elas também
Todo mundo gosta de pensar que dá
o benefício da dúvida aos desconhecidos. Mas novas pesquisas provam o
contrário.
Nossos cérebros processam
opiniões e julgamentos sobre as pessoas milissegundos depois de conhecê-las, de
acordo com um estudo da Universidade Albert Ludwigs, de Breisgau, Alemanha. Sim, em menos de um segundo
avaliamos se gostamos da pessoa ou não.
Para chegar a esse resultado, os
pesquisadores ministraram o Teste de Associação Implícita, uma medida usada na
psicologia que detecta as associações e atitudes imediatas e geralmente
inconscientes entre certos conceitos.
O teste ajuda a determinar a
reação inicia da pessoa, uma vez que o que ela diz não é necessariamente um
reflexo preciso do que ela pensa.
Os participantes do estudo responderam
a conceitos como “amor” e “morte” e nomes de coisas com as quais estavam
familiarizadas, como seus jogadores de futebol prediletos, por exemplo.
Enquanto isso, os pesquisadores mediam as ondas cerebrais por meio de
eletroencefalogramas.
O experimento foi realizado para
analisar os passos do cérebro no processamento de informações e o tempo que ele
leva para fazer uma avaliação subconsciente. Os pesquisadores puderam observar
fases individuais no processamento, chamadas de “microestados”, nos quais as
redes neurais realizam passos específicos do processo.
Embora já se saiba que os tempos
de reação no Teste de Associação Implícita são mais longos quando as pessoas
associam conceitos desconhecidos com características positivas, este estudo
indicou que a demora ocorre porque alguns dos passos exigem mais tempo, não
porque há mais passos. Isso significa que estamos julgando tudo quase
instantaneamente.
“Este estudo demonstra o
potencial das imagens elétricas neurais modernas no entendimento da origem e do
tempo dos processos sociais relevantes do cérebro”, disse o neurocientista
Bastian Schiller em um comunicado de imprensa.
Os pesquisadores esperam usar os
resultados da pesquisa para ajudar nas terapias de doenças mentais que envolvem
problemas de relacionamento social.
Estudos anteriores indicam que as
primeiras impressões são realmente importantes: pesquisadores da Universidade
de Princeton descobriram que decidimos se uma pessoa é confiável em um décimo
de segundo. Mas isso não deveria te deixar nervoso na sua próxima entrevista de
emprego... Definitivamente não.
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