1. Momentos após sermos surpreendidos pela separação, o
nosso ritmo cardíaco cai, sugere uma pesquisa da Revista Psychological Science
que observou o ritmo cardíaco das pessoas logo após uma rejeição social que
elas não estavam esperando (os pesquisadores com quem conversamos disseram que
a rejeição romântica pode definitivamente ser considerada uma forma de rejeição
social).
2. Uma vez que passa o choque inicial, um estresse emocional
maior é instalado (O que eu fiz de errado? Vou ficar para sempre sozinho? É
hora de adotar gatos?).
Esse estresse pode acelerar o seu sistema nervoso simpático,
que também leva a um aumento no nível do cortisol e inflamação. Seu sono,
digestão e imunidade podem sofrer também (você fica acordado às noites, sem
apetite e parece ficar resfriado o tempo todo).
Em casos bem raros, esse estresse pode realmente partir seu
coração, de certa forma. Um pequeno estudo publicado no New England Journal of
Medicine descobriu que a angústia emocional causa sérios danos ao coração em
alguns pacientes sem doenças cardíacas coronárias, possivelmente por causa de
uma resposta exagerada no sistema nervoso simpático.
3. Parece que você sente uma dor física. Isso acontece
porque as regiões cerebrais que processam a dor da rejeição social ou da perda
também processam as dores físicas, de acordo com a pesquisa publicada no
Current Directions in Psychological Science.
4. Você não pensa direito (ex. fica esperando pela reunião
semanal às quintas, quando ainda é terça) e você é bem mais impulsivo do que o
normal. As habilidades de pensamento crítico e autocontrole decaem muito depois
de uma rejeição social, de acordo com a pesquisa.
5. Você jurou que não faria, mas olhou a foto dos dois ou
deu uma olhada na página do Facebook dele ou dela. As áreas do seu cérebro
mostram uma maior atividade quando você está “alto” ou com desejos de usar
drogas acendendo como resposta à imagem daquela pessoa especial, foi o que
descobriu a pesquisa publicada no Journal of Neurophysiology.
Isso significa que você ainda está sendo poderosamente
atraído por essa pessoa. O que mais isso diz naquele momento? Que o seu cérebro
ainda acha que você está perdidamente apaixonado e feliz.
Mas o seu cérebro também está tentando ajudá-lo. As áreas
que controlam ajustes comportamentais (ex. é hora de parar de seguir o seu ou
sua ex) e pensar em direção a um futuro ("Parece uma morte cruel agora,
mas vai ficar tudo bem, e não, o dia de adotar gatos não está nem um pouco
próximo") também estão se acendendo.
6. No início, a única pessoa que você está interessada em
conversar é com o entregador de pizza ("Oi" e "obrigada "
conta como conversa, certo?). Mas eventualmente essa fase passa, a medida que
os níveis de progesterona aumentam quando você começa a se sentir sozinho. E
isso é algo muito bom— os pesquisadores dizem que os hormônios podem motivá-lo
a buscar o contato social.
7. Meses mais tarde, mesmo que você tenha virado a página,
você pode notar bem mais cabelo caindo no ralo, muito mais do que o normal. Uma
situação de muito estresse, inclusive de tipo emocional, pode alterar o
crescimento do folículo capilar para um “modo de descanso”, um estado chamado
eflúvio telógeno. (A afinada no cabelo não começa até uns três meses do
estresse ter começado por causa do ciclo de crescimento do seu cabelo). Não se
preocupe, no entanto— ele vai voltar a crescer.
Fontes de especialistas:
Naomi Eisenberger, PhD, professor associado, Faculdade de
Psicologia, da Universidade da Califórnia em Los Angees.
Geoff MacDonald, PhD, professor associado de psicologia na
Universidade de Toronto
Lucy Brown, PhD, professor de experimentos clínicos,
Departamento de Neurologia, Einstein College of Medicine
Nathan DeWall, PhD, psicólogo na Universidade de Kentucky
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