O psicanalista Joel Birman tem detectado em seu consultório uma “dependência emocional” generalizada. “As pessoas procuram reconhecimento no outro porque sofrem de fome de amor”, diz ele.
Estamos mais dependentes emocionalmente?
Sim. Esta dependência se manifesta na preocupação constante do indivíduo com que os outros pensam dele e de suas performances. Ele quer saber se agrada, se é amado. A preocupação do sujeito de quantas curtidas recebeu no Facebook ilustra bem isso. As pessoas mais vulneráveis precisam desse reconhecimento mais que as outras, pois sofrem de fome de amor.
Como isso afeta a sociedade?
As pessoas são muito sensíveis em relação a como os outros a acolhem — de forma risonha ou carrancuda, com muitas ou poucas palavras, se são abraçadas ou beijadas. Nesse contexto, cria-se um mal-estar nos laços sociais, pois o não reconhecimento do outro é fonte de desconfiança, perseguição e até mesmo de agressividade.
Como prevenir essa dependência?
Se o que está em jogo na dependência excessiva do sujeito é uma baixa sensação de autoestima, é crucial que na infância e na adolescência os indivíduos tenham a certeza de que são amados pelos pais pelo que são. Isso sem ter que fazer malabarismos para que sejam consideradas pessoas interessantes.
A forma de prevenção citada que é preocupante. Vivemos numa sociedade de pais ausentes, onde a criação dos filhos está sendo cada vez mais "terceirizada" e as crianças e adolescentes estão mais carentes de amor e atenção. Como serão os adultos desta geração?
ResponderExcluirVerdade Ana, vivemos em uma sociedade cada vez mais terceirizada e com os pais cada vez mais distantes e passando a responsabilidade de cuidar/educar dos filhos para o primeiro que aparecer. Triste isto.
ExcluirOlá, gostei do seu texto, é você mesmo quem escreve?
ResponderExcluirSim Carlos, a maioria sim. O que eu não escrevo coloco o autor ou quem foi. No caso da entrevista foi o psicanalista Joel Biman. Abraços
ExcluirSim Carlos, a maioria sim. O que eu não escrevo coloco o autor ou quem foi. No caso da entrevista foi o psicanalista Joel Biman. Abraços
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