Mãe, você não precisa ser perfeita. Seja apenas mãe !

Mãe, você nunca será perfeita. E o melhor de tudo é que você não precisa ser !


Uma das grandes angustias que segue a maternidade é o medo da mãe falhar, não conseguir suprir todas as necessidades dos filhos, de não ser uma mãe perfeita e com isto acabar traumatizando seus pequenos. Culpem a Freud afinal, a culpa é da mãe! Ou não?! 

Winnicott, um psicanalista Inglês ao estudar crianças e seus processos de maturação nos mostra que a mãe não precisa ser perfeita, mas sim "suficientemente boa". A expressão suficientemente boa, refere-se à mãe capaz de reconhecer e atender à dependência do filho, qual é a necessidade do bebê, num dado momento responder a ela. 

O que o bebê necessita é da preocupação e dos cuidados efetivos de uma mãe real, que continua sendo consistentemente ela mesma, falível porque humana, mas confiável por ser justamente falível e não perfeita.

A adaptação da mãe às necessidades da criança não tem relação com a sua inteligencia, nem advém do conhecimento que pode ser adquirido em livros, palestras e pela própria vida. Seu saber é de tal natureza que a põe em condições de cuidar, com sucesso, do bebê, sem qualquer apreciação intelectual sobre o que está acontecendo, e sem a necessidade de compreender tudo. O que a orienta é a sua capacidade de identificar-se com o filho.

A mãe suficientemente boa é aquela que além de prover as necessidades do filho o prepara para a independência. Ela o tira da dependência eterna. Ela cuida, sustenta, banca , mas o ajuda a alcançar asas próprias. É a mãe que permite que o filho caminhe com as próprias pernas, mesmo que ele erre e se machuque. O machucar inclusive faz parte do aprendizado, pois a mãe falível ela ao mesmo tempo deixa o filho ir, mas o permite porque ela mesma o ensinou que sempre que ele precisar, ele terá para onde voltar.  Ele tem o seu porto seguro.

Winnicott mostra com isto que as mães não precisam se preocupar em não errar. Ele quebra o estigma da perfeição. Ele espera que a mãe falhe com o filho algumas vezes para que este se perceba e a perceba tão humana quanto ele. Mas ele reconhece que a mãe boa, é aquela que ama, que cuida, que prove e que disciplina. Que ajuda o filho a alcançar  a sua independência sabendo sempre que os braços de sua mãe estarão abertos.

A perfeição não existe. Nem mesmo no amor perfeito das mães.  Que bom que não existe, porque assim, tira do colo o peso de nunca falhar. Mãe, você vai errar, você vai fazer seu filho chorar as vezes, você mesma irá chorar de medo de falhar. Mas o principal, é ter a certeza de que você está junto com este filho, o suporte que proporciona o ambiente de amor na qual ele possa crescer, se desenvolver e por fim, alcançar seus próprios passos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário